quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O Retorno

Tem dias que você se sente mais inspirado para escrever sobre aquilo que você gosta.
Hoje, especialmente, acordei com "fome" de Cultura! E depois de tanto tempo sem escrever algo de uma cultura tão enriquecedora, como a Nordestina, imagino o quanto ainda falta falar sobre uma região de um povo paradoxal: sofrido, mas que ao mesmo tempo consegue transmitir alegria nos seus mais variados costumes.

Então é isso pessoal, a partir desse mês, buscarei inspiração para escrever semanalmente aqui!

Grande abraço e até a próxima!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Buchada de Bode


Depois de tanto tempo sem postar nada aqui no "Eita Nordestino!", nada melhor que publicar algo que desperte a "fome" dos leitores que tanto gostam das comidas típicas do Nordeste.

A decisão de voltar ao blog falando logo de comida foi através de uma pesquisa realizada entre meus seguidores no Twitter. Daí então, resolvi falar sobre a “Buchada de Bode”.

Já experimentaram? Sabem como é preparada? A primeira vez que experimentei foi quando estive na terra do maior e melhor são joão do Brasil - Campina Grande. Achei muito saboroso!

Mas vamos deixar de "conversa fiada" e falar logo sobre esse prato tão exótico!

A buchada de bode é feita com miúdos de: rins, figado e vísceras do bode lavadas, aferventadas, cortadas, temperadas e cozidas dentro de um "bucho" feito com o próprio estômago do animal.

O mais interessante é que apesar de ser um prato típico da região nordestina, vocês sabiam que o termo "buchada de bode" foi inventado nas regiões Sul e Sudeste do país? Isso mesmo! Porque na verdade, no Nordeste, não é usual fazer buchada de outro animal que não seja o bode. Assim, a iguaria na região arretada é chamada simplesmente de "buchada".

Quer saber todos os ingredientes e como se preparada uma autêntica buchada de bode? Então vamos lá!

A receita a seguir foi retirada do site www.soreceitas.com.

Ingredientes:

Vísceras de 1 cabrito (bucho, tripas, fígado e rins)
4 limões grandes
Sal e pimenta-do-reino a gosto
3 dentes de alho esmagados
4 cebolas picadas
1 maço de cheiro verde picado
2 folhas de louro picadas
2 ramos de hortelã picados
1 xícara (chá) de vinagre
2 colheres (sopa) de azeite
200g de toucinho fresco picado
Sangue coagulado do cabrito


Modo de preparado:

Primeiramente, para realizar a receita de buchada de bode, limpe bem todas as vísceras, retirando a cartilagem e o sebo. Limpe o bucho, lavando-o várias vezes e esfregando o limão por dentro e por fora. Deixe-o de molho em água fria com o suco de 1 limão por pelo menos 5 horas. Pique em tirinhas as tripas e demais vísceras. Tempere-as com sal, pimenta-do-reino, alho, cebola, cheiro verde, louro e hortelã. Junte o vinagre e deixe tomar gosto.

Aqueça o azeite e coloque nele o toucinho. Deixe em fogo baixo até derreter bem o toucinho, formando torresmos. Retire os torresmos e na gordura que se formou refogue todas as vísceras. Junte o sangue coagulado já picado e retire do fogo.

Retire o bucho do molho de limão, afervente-o inteiro e jogue fora a água. Coloque o refogado de vísceras juntamente com os torresmos no interior do bucho e costure-o com agulha e linha. Leve ao fogo uma panela com bastante água e sal e deixe ferver. Coloque nela o bucho e deixe cozinhar em fogo brando durante no mínimo 4 horas

Vá juntando mais água fervente à medida que for necessário.
Servir com molho de pimenta forte e farinha de mandioca crua.



Dica:

Servir com pirão e arroz branco.

Ah! Há quem diga que o prato é mais saboroso se acompanhado por uma pequena dose de aguardente!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Causos Nordestinos: lenda da cana-de-açúcar

Nessa coisa de ficar organizando arquivos no computador, você acaba encontrando de tudo. Final de semana passado encontrei um texto sobre uma lenda nordestina, que inclusive já foi título de uma reportagem de um site empresarial do qual não lembro no momento.

Mas enfim, a lenda é a seguinte... dizem que Jesus Cristo passava por uma estrada em um dia de sol muito forte e que por isso ele morria de fome e de sede. Em meio a estrada ele avistou um canavial e resolveu sentar-se numa sombra entre as folhas, refrescando-se do calor, descansando, chupando os gomos da cana e enfim, matando sua fome.

Ao sair, abençoou as canas, prometendo que delas o homem havia de tirar um alimento bom e doce. No outro dia, na mesma hora, o diabo saiu do fogo do inferno, com os chifres e o rabo queimados. Galopando pela estrada, foi dar no mesmo canavial. Mas, desta vez, as canas soltaram pelos e o caldo estava azedo, e queimou-lhe a garganta. O diabo, furioso, prometeu que da cana o homem tiraria uma bebida tão ardente como as caldeiras do inferno.

Conclui-se então que da cana se tira o açúcar, bênção de Nosso Senhor, e a cachaça, maldição do diabo.